Acho que cheguei àquela fase, que normalmente só acontece aí aos 30 e tais de uma mulher, em que penso que género de mulher quero ou gostaria de ser:
a mulher que se desenrasca numa cozinha, que trabalha em multi-tasking, entre estudos e trabalhos e que se começou a desmazelar um bocado com o próprio corpo porque "há coisas mais importantes em que me focar"; ou a mulher bem segura de si, que tem sempre tempo para tudo o que lhe apetece fazer e que faz virar cabeças em cada passo que dá na rua, e que até tem um emprego de sucesso.
E porque é que é tão difícil ser as duas?
Merda, 'tou-me a sentir tão velha neste momento com estes pensamentos :S
É quando acordamos de manhã porque estamos com dor de garganta e não há ninguém a quem pedir que faça um chá e vá à farmácia para nos trazer medicamentos.
No folclore europeu surgem recorrentemente umas botas mágicas que permitem a quem as use atravessar sete léguas de cada passo.
Nesta história, uma rapariga viaja de Portugal para Salzburgo, na Áustria, para iniciar a sua vida profissional. Calça assim um par de botas normais; a internet permite-lhe uma maior proximidade de casa.
São só 74 passos e meio de distância.
. What a terrible, terrible...
. Vou-me fartar de ver azul...